terça-feira, 4 de dezembro de 2007

História de um ano de verão

Eu queria ter hoje uma história bem bonita pra te contar. Aí eu fiquei pensando em uma. Lembrei que as que mais gosto são tristes. Sempre as que fazem as lágrimas saltarem no meio da avenida. Imagina uma história que fizesse os olhos choverem em pleno samba? Será esse o motivo de eu construir minha vida tão molhada? Compartilhar um ano com gosto de vendaval já dá um belo conto. A história dos inclassificáveis está mudando. Cada vez mais classificáveis. Viva a serenidade! A vida percorre uma estrada menos esburacada. Mesmo que meus passos ainda desafinem feio, parece que, finalmente, encontrei a brisa. Meus pés ainda são capazes de me fazerem cair lá de cima do arco-íris. Mas aquelas aulas de quando eu era uma menininha... sempre lembro delas, e assim, levanto que nem a bailarina. Meus ensaios estão cada dia melhores. Hora dessas até mostro para você como meus movimentos estão ficando definidos. O medo do escuro não me faz mais procurar qualquer olhar vulgarmente sedutor. Quero sim um par. Azul, vermelho, rosa... Não sei! Mas que venha com a cor doce dos olhos de quem quer amar. Não preciso da mão do Tomas para dormir. A cama me acolhe. Nas noites tristes sei que tenho um amigo daqueles que o Vinicius fala. Passo depois de outro. E o Coxa foi pra primeira divisão! Acho que desse jeito, qualquer dia, até consigo te contar uma história daquelas que ficam pra sempre. Daquelas que parecem uma noite de verão perturbada por goles a mais de cerveja, acompanhadas por conversas apaixonantes.

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