
A fantasia que fez ainda fala. Grita em seus ouvidos e faz voar pensamentos. A proximidade das lágrimas não a empurra, balança-na! A enxuradada dolorosa em que viveram seus penamentos pulsam descabeladamente. Ah... aqueles dragões que nada tinham pra fazer. Levanta da cama para ressucitar a poesia infinita que inventaram. Vive de recriar antigas metáforas. Não quer mais olhar sem sentir. Mas fala! Desesperadamente! GRITA! Suspira a volta daquilo que aprenderam a fazer brilhar. Todos os dias devora-se para encontrar o que restou. Mas se desespera com medo de não mais nomear seu amor. Acende e apaga o fogo. Vive da chuva que tenta secar. Não quer mais brincar com o orgulho. Apenas passeia delirantemente dentro do seu romance adormecido e insiste para que alguém lhe tire para dançar.