domingo, 20 de setembro de 2009

É dia de sol!


Brincava de correr. Tirou do bolso o brinquedo novo. Água, sabão e um assopro. Devagar a espuma foi se condensando. De repente todas as cores bem esticadas apareciam no limite de tensão. Ela queria se desprender das margens. As gotinhas usaram toda sua energia. Esticaram até o último milímetro dos pezinhos. Foi nascendo bem pequenininha. Mas era tão frágil que ao deslizar pelo corredor, bateu no telefone e voltou a estaca zero. Estaca zero de bolha é negativa. Nos dias seguintes permaneceu calada no bolso da jardineira da menina. Um mar de conversas joanísticas e coloridas fizeram com que o brinquedo saísse de dentro do bolso outra vez. Era um dia de sol e a bolhinha começou de novo a surgir. Leve e doce. O verde era a cor que se destacava quando refletia no sol. Assim uma bolhinha com cara de velha, mas força de nova, deslizou no ar. Voou alto e continua sobrevivendo na vontade da menina de sentir o movimento suave, encantador e divertido da bolha no ar. É dia de sol!

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