Descobrir-se no buraco escuro da vida. Esbarrando ora no legal, ora na barbárie. Abria aquelas páginas como quem retoma o rosado da face depois de um coma de anos. O mundo coloria-se, gritava, descabelava-se... A flor continuava a preocupar-se com seu perfume já azedo. Pode? A revolução interna lhe tomava tanto tempo... Esquecia de vigiar o buraco da janela. Quem sabe o mundo tivesse lhe contado antes a sua inscrição. O desconforto de não saber onde encaixar não lhe era nada exclusivo nem original. Os tombos frequentes tinham que desaparecer. Chega de desmaiar por um olhar torto. A fumaça faz descortinar o seu desgosto. Abram, abram, vai começar! A banda vai sair da caixinha de música. É tempo de abrir a boca e engolir os raios de sol.
quinta-feira, 31 de julho de 2008
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2 comentários:
Abrir a boca e engolir os raios de sol, ou fazer que de dentro dela emanem os tais....raios de nós. Vou procurar o livro, sounds nice! Gros gros bisous Lezinha. Saudade grande das minhas amigas do cuore.
By the way, adorei tua descrição. Tal e qual. Deve ser um mal (ou não) de Leticia! BÊjo.
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