terça-feira, 23 de junho de 2009

Caminho B


De repente o ambiente sóbrio encheu-se com um olhar atrevido. As risadas seduziam sem que fosse preciso trocar uma palavra. Aos avisos recebidos levantou os ombros. Simplesmente continuou. Uma leve arrogância lhe fazia acreditar que as coisas sempre podem ser diferentes. O elevador, o táxi cheio, a farmácia. A cadeira que quis trazer para mesa. Erro. Tudo começava a falar não. Do outro lado uma história sonhada irrealizável. O banheiro, o beijo e toda irresponsabilidade do mundo. Acostumara-se tanto em viver coisas passageiras. Dessa vez parecia que o mar daquele lugar escandalosamente deslumbrante estava lhe dando um presente. Esquecera que o presente pode ser de grego. Como bomba relógio, a qualquer hora, o cavalo poderia se abrir. Como um catalizador ajudou que um lado ficasse mais próximo daquele olhar. Incendiou o que até aquele momento não passava de pensamentos. Tornou o impossível realidade. Mas não para si. Se gostava de olhares atrevidos, quem sabe o seu também fosse. E assim de rio em rio é que acabou por se afogar. Sem restar nem um amigo. Com a imagem de que depois de catalizar, seu corpo agora necrosa. A dança da vida no encontro do inesperado acaba sempre a repetir os movimentos mais conhecidos. Esquece de tentar se surpreender. Mas finalmente chegara a hora de voltar e escolher o caminho B.

Um comentário:

oh my! disse...

Lezinha! Brasil back again de 02 a 19/09. Quando você estará em Floripa? Let me know, vou levar meu português para conhecer. Saudade enorme =)