
Quando chegávamos em Curitiba, logo ficávamos super eufóricas por estar naquela cidade toda desconhecida. Parecia bonito e tinha um ar diferente (Ponta Grossa sempre me pareceu um tanto pequeno, mas demorei pra perceber o quanto a cidade era provinciana). A alegria da minha mãe era também super contagiante. Ela sempre adorou ver o mundo acontecendo ao seu redor.
Muitos anos depois, minha relação com o teatro ficou ainda mais próxima. Tudo graças a uma certa "retumbante timidez" e também devido a um bom encontro, já que "a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro nessa vida". Assim, comecei a conhecer o mundo do teatro adulto e também a brincar de fazer teatro. E brincar de teatro é brincar de faz de conta... brincar com o corpo... com as histórias.. é brincar com o mundo, com você e com as pessoas ao mesmo tempo!
Mas, tudo isso pra dizer que vocês não podem imaginar a surpresa maravilhosa que tive sexta-feira. Minha querida amiga Day (outra moça apaixonada pelas histórias da vida) me chamou pra assistir A Alma Imoral,pois mais uma vez eu estava em Curitiba. E, dessa vez o bichinho do teatro me mordeu feio, daquelas mordidas que vão deixar cicatrizes para a vida toda. Porque além de um banho de interpretação, Clarice Niskier deu uma tremenda aula de filosofia. Uma noite totalmente inesquecível!
Se eu já era apaixonada por Clarice Lispector, virei fã também da Niskier.. E, assim, juntando todas as minhas paixões... começando e terminando pelo teatro.. descobri que se um dia eu tiver uma filha ela se chamará Clarice.
Se eu já era apaixonada por Clarice Lispector, virei fã também da Niskier.. E, assim, juntando todas as minhas paixões... começando e terminando pelo teatro.. descobri que se um dia eu tiver uma filha ela se chamará Clarice.
P.S. - Ninguém entra aqui, mas se entrar,veja: